Querem terminar com a Democracia
Não podemos aceitar este tipo de mudança que esta sendo proposto sem que seja consultada a população. Não são os 500 e tantos deputados e menos de 100 senadores que devem dizer como cada eleitor deve votar. O eleitor não é incompetente para escolher seus candidatos e a reforma que estão querendo fazer diz exatamente isto: deixem que nós escolhemos a ordem de quem deve entrar.
A nova proposta de votação que esta em andamento na Câmara dos Deputados amplia sobremaneira o poder dos partidos e tira do eleitor o direito de determinar, através do voto, a ordem que quer dar aos candidatos eleitos ou não. Na forma atual, que já é muito ruim e a população, na sua maioria, não sabe, quando se vota em um candidato na verdade está se votando, à s vezes, apenas na legenda do partido do candidato (caso dos candidatos não eleitos). Mas, no caso de candidatos com bastantes votos, mesmo não sendo eleito, o eleitor mostra ao partido e à sociedade, a força do seu canditado. Como esta sendo proposto não vai deixar espaço para novos candidatos e os caciques dos partidos polÃticos vão determinar a ordem dos amigos que serão eleitos e, muito provavelmente, os favores que terão que serem feitos para se obter esta vaga. É amoral. Vamos aproveitar a abertura que foi feita com esta proposta indecente e acabar de vez com o voto de legenda. O voto de legenda é um resquÃcio da ditadura militar que sobreviveu por conveniência dos partidos. A população deve lutar para que seja eleito o candidato mais votado na ordem direta dos votos. Não é certo seu candidato, à s vezes com milhares de votos a mais que outros candidatos, seja preterido por outro só porque algum candidato famoso de outro partido fez uma grande quantidade de votos e assim trouxe com ele candidatos insignificantes (vide o caso, sério, do candidato Enéas que, ao ser eleito, colocou 5 (cinco) deputados federais em BrasÃlia, um com apenas 150 votos em detrimento a candidato que com 65000 votos não entrou). O importante não é votar em partidos, mas sim votar em PESSOAS. Deveriam entrar, e a maioria da população imagina que é assim, os candidatos na ordem direta dos votos que receberam, independente de partidos, primeiro o mais votado, em segundo o segundo mais votado e assim por diante até serem preenchidas todas as vagas.